Infâncias Juventudes e a Educação Integral
Podemos indicar que crianças e jovens nos desafiam a pensar uma educação integral que contemple a formação humana, o exercício da cidadania e o direito de aprender. Assim, pensar na educabilidade desses sujeitos pressupõe pensar em:
Identidade e autonomia
Crianças e jovens são sujeitos em condição peculiar de desenvolvimento. Uma formação para a cidadania reconhece cada ciclo de vida, suas peculiaridades e suas necessidades de proteção, socialização, aprendizagem e ainda valoriza a identidade cultural e étnica e de gênero de cada sujeito.
A educação para a autonomia implica a formação de sujeitos, a auto-reflexão e a determinação para compreender, analisar e avaliar o vivido, vinculando a experiência educativa à realidade dos sujeitos e aos seus desafios, escolhendo e agindo conscientemente diante de diferentes cursos de ação possíveis.
Protagonismo e participação
A formação integral e o exercício da cidadania também se dão na medida em que as crianças participam dos processos de pesquisa e de aprendizagem, vivenciam a convivência com o coletivo, tomam decisões, são responsáveis por tarefas, se dirigem para a organização dos espaços e dos tempos, ou seja, são percebidos e tratados como sujeitos protagonistas.
Nesse processo, elas constroem capacidades, habilidades e competências a partir de suas reais necessidades e de seu posicionamento crítico e reflexivo.
Convivência familiar e comunitária
Tanto a Constituição Federal quanto o ECA definem o direito à convivência familiar e comunitária como um direito fundamental. Ampliar o tempo de educação formal de crianças e jovens é também considerar que os processos educativos podem ocorrer na relação com a comunidade, por meio de seus sujeitos e espaços de convivência e trocas culturais.