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O Programa Ensino Médio Inovador como possibilidade de articular o currículo escolar às demandas dos jovens alunos do Ensino Médio

Provavelmente você, sendo um professor articulador, já leu algum documento do Programa Ensino Médio Inovador. Mas, como a implantação deste programa tem ocorrido em momentos diferentes nas escolas estaduais de Ensino Médio, vamos dar uma recapitulada?

Quando falamos da implantação em momentos diferentes, aí já há uma informação importante. O Programa Ensino Médio Inovador foi instituído pela Portaria nº 971, de 09/10/2009, mas não começou em todas as escolas ao mesmo tempo. Sua implantação tem ocorrido por etapas, nos diferentes estados do Brasil. Este programa não é implantado obrigatoriamente. São as escolas que, de acordo com suas possibilidades, demandas e interesses, aderem ao programa.

O programa tem como objetivo estimular o fortalecimento e desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas de Ensino Médio dos sistemas de ensino estaduais e do Distrito Federal. Mas como? Nessa modalidade, os estudantes permanecem mais tempo na escola, já que a carga horária é ampliada para três mil horas, com a consequente alteração da matriz curricular. E essa alteração deve se dar a partir da elaboração de “propostas curriculares inovadoras”.  A primeira  condição para que a proposta seja inovadora é a necessidade de reconhecer a especificidade dos jovens alunos de cada escola, suas demandas e necessidades, e buscar respondê-las por meio de uma  reorganização curricular. Para isso, torna-se necessário mudar a pergunta inicial. Antes era: quais conhecimentos, informações ou saberes devemos priorizar? Mas agora a pergunta deve ser: quais os conhecimentos, saberes, habilidades, valores e práticas são fundamentais aos jovens alunos desta escola em que atuamos? Para responder a essa pergunta, é preciso que a reorganização curricular seja articulada de forma interdisciplinar. Se cada professor continuar fechado na sua disciplina, a escola não conseguirá avançar em sua prática educativa.

Uma outra condição é a necessidade de cada escola elaborar e também realizar ações inovadoras. O que se imagina é que as “boas ações” propostas pelas escolas podem ser incorporadas ao currículo. A sugestão é investir mais na leitura, nas atividades teórico-práticas em laboratórios, por exemplo, e no maior estímulo às linguagens artísticas, dentre outras indicações.  Assim, ao mesmo tempo que essas ações inovadoras fortalecem o processo de ensino-aprendizagem, também aumentam o tempo do jovem aluno na escola e  estimulam sua permanência no espaço escolar. Trocando em miúdos, a ideia é que a diversidade de práticas pedagógicas tenham efeito positivo sobre professores, jovens alunos e comunidade educativa. Esse efeito positivo levaria cada escola a repensar o currículo e construir um projeto políticopedagógico envolvendo toda a comunidade escolar.

Mas como seria feito isso? Em termos de financiamento, a escola que adere ao PROEMI recebe recursos de convênio com a Secretaria de Educação do seu Estado e também do MEC, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Com esse dinheiro, a escola pode comprar equipamentos, materiais didáticopedagógicos e de consumo, custear eventos, contratar serviços e consultorias específicos para ações do programa, comprar equipamentos e materiais tecnológicos.

 
  OUTRAS CORES (Saiba mais)

Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população Brasileira – IBGE, 2010.

Motivos da evasão escolar – FGV e outras, 2009.

Breve histórico do Ensino Médio no Brasil – Rulian Rocha dos Santos, 2010.

Diretrizes curriculares para o ensino médio: por uma escola vinculada à vida – Guiomar Namo de Mello, 1999.

Censo Escolar 2011: raio X da educação básica no País – Todos pela Educação, 2012.

Um terço dos alunos que deveriam estar no ensino médio estão no ensino fundamental – Todos pela Educação, 2012.

Textos com a temática “relações sociais na escola” – Biblioteca Emdiálogo

Textos com a temática “condição docente” – Biblioteca Emdiálogo

Textos com a temática “formação docente” – Biblioteca Emdiálogo

Desafios da conjuntura: o principal desafio ainda é a redução das desigualdades – Ação Educativa, 2008