Educação integral e escola no Brasil contemporâneo
Evidentemente, cada formato adotado traz, em si, potencialidades e limites. Nesse contexto, fica claro que não há opções neutras, ou seja, as diferentes opções carregam em si distintas possibilidades educativas. Contratar somente professores ou também outros tipos de agentes educadores, concentrar as atividades no espaço escolar ou utilizar outros espaços, organizar as atividades em turno e contraturno como dois blocos distintos ou organizá-las de forma intercalada, propor aulas em tempo integral ou alternar aulas, oficinas, projetos, etc., são decisões que precisam ser tomadas levando em conta não apenas as contingências de recursos ou as possibilidades concretas, mas também considerando as diferentes mensagens educativas que representam, as distintas concepções de educação integral que concretizam.
Trata-se, portanto, de opções a serem feitas de modo refletido, debatido e embasado, no âmbito da escola ou do sistema de ensino, buscando articular coerentemente o diagnóstico da realidade, os princípios educativos que norteiam o trabalho educacional, os objetivos a serem alcançados e as estratégias possíveis de implementação. Ou seja, está se falando de projeto político-pedagógico, de planejamento integrado, os quais, por sua vez, pressupõem tempos de trabalho coletivo entre os educadores envolvidos com os mesmos grupos de alunos, bem como a formação desses educadores. Refletir sobre a escola na sua integralidade é uma condição fundamental para que o maior tempo na escola se traduza, de fato, em educação integral.
Ultrapassando fronteiras Se os diferentes elementos de um projeto de educação integral (tais como a organização dos tempos e dos espaços, o formato das atividades, o currículo, os sujeitos envolvidos) não são neutros, mas trazem em si mensagens educativas, as escolhas em relação ao currículo de tempo integral são, evidentemente, decisivas. Que atividades propor? Que conteúdos? Qual a forma de abordagem? Que dimensões de formação contemplar? O conceito de educação integral, seja qual for a sua formulação, implica necessariamente um alargamento das perspectivas de formação, incluindo diferentes conteúdos e linguagens ou enriquecendo o modo como são enfocados no espaço educativo. Convidamos a uma reflexão sobre o brincar, o esporte e a arte como linguagens a serem enfatizadas e ressignificadas em uma proposta de educação integral para a infância e a juventude, a partir do texto: “Educação Integral e múltiplas linguagens” |
|||
Compartilhando impressões de viagem Car@s cursistas, no nosso fórum teremos três discussões simultâneas e sua participação será obrigatória em pelo menos em uma delas. Assim leia os três tópicos abaixo, relacionados ao conteúdo da unidade III do módulo III, e escolha em qual debate irá participar, postando seu comentário. Tópico 1
Tópico 2
Tópico 3
|
|||