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Pra começo de conversa, é preciso enxergar os sujeitos da nossa prática

Desde que nascemos, estamos expostos a diversas situações de aprendizagens e todos os dias aprendemos algo. Você já parou para pensar em como aprendemos? Será que, ao longo das diferentes temporalidades da nossa vida, sempre aprendemos do mesmo jeito? Será que jovens e crianças aprendem da mesma forma? Por que alguns professores utilizam músicas, historinhas, gibis, brincadeiras e tantos outros recursos e linguagem apropriada no processo de ensino com as crianças?

Pensar em metodologias de trabalho com jovens estudantes exige, inicialmente, uma compreensão de que as temporalidades humanas nos modificam de acordo com os diferentes estágios da vida, provocando influências diretas no nosso modo de ser e de estar no mundo. Essas temporalidades também influenciam na forma como damos sentido aos saberes e na forma como aprendemos.

Para se aprofundar nessas questões, sugerimos a leitura do livro Os jovens e o saber: perspectivas mundiais, organizado por Bernard Charlot (Editora Artmed, 2001).

Sendo assim, a nossa recomendação inicial é de que é PRECISO ENXERGAR os sujeitos da nossa prática nas suas especificidades, compreendendo a condição juvenil no contexto onde vivem. Esperamos que os módulos anteriores tenham ajudado na construção desse entendimento.

A charge a seguir ilustra um sentimento que é comum a muitos jovens. Eles sentem-se invisíveis perante a sociedade. Invisíveis no sentido de que os adultos não se importam com o que sentem, não valorizam o que fazem, não confiam nas suas capacidades, não consideram seus problemas relevantes. Você acha que esse sentimento existe entre os jovens da sua escola?

Com base nessas provocações e em tudo que você estudou neste curso, pare e pense sobre as perguntas a seguir... Reflita sobre elas e pense até que ponto essa invisibilidade de que falam os jovens brasileiros acontece ou não na sua escola.

 
 
  • Você considera que a escola onde trabalha enxerga os seus sujeitos como jovens ou apenas como alunos?
  • Em que medida o jovem é visto e escutado na sua escola?
  • Você e seus colegas costumam elogiar os jovens estudantes?
  • Você e seus colegas confiam nos jovens estudantes a ponto de lhes atribuir tarefas importantes dentro da escola?
  • De que modo a sua escola aborda as questões objetivas e subjetivas da condição juvenil discutidas aqui no curso?