Guia de viagem
As experiências de Educação Integral dos CIEPS
No processo de redemocratização do país, os movimentos sociais começam a se organizar reivindicando direitos da sociedade em geral. Em consonância com essas reivindicações e seguindo uma tendência mundial, defendem que a educação é direito público e dever do Estado. A questão da democratização mediante a promoção da descentralização, da autonomia e da flexibilidade,impõe a necessidade de se construir uma escola menos discriminatória, que abarque, em seu interior, culturas diversas, e desenvolva plenamente as várias dimensões formadoras do fazer humano.
Mas, perceber esses alunos que chegam à escola como sujeitos requer propostas de mudanças, como a revisão dos currículos oficiais e daqueles praticados na escola, das formas de organização escolar, bem como dos critérios de avaliação dos alunos. Que experiências surgem nesse momento? Destaca-se, nesse contexto, uma das experiências de escolarização em tempo integral, que é posta em prática no Rio e Janeiro, com a criação dos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs).
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Seguindo as Trilhas Os CIEPs, instituições idealizadas para a experiência de escolarização em tempo integral voltadas para as crianças das classes populares, funcionaram no período de 1983 a 1987, por Darcy Ribeiro , quando era Secretário da Educação no Rio de Janeiro, no governo de Leonel Brizola. O objetivo era proporcionar aos alunos, educação, esportes, assistência médica, alimentos e atividades culturais variadas, em prédios escolares que obedeciam a um projeto arquitetônico específico. Muitos acreditam que, para criar os CIEPs, Darcy Ribeiro havia se inspirado no projeto Escola Parque de Salvador, de Anísio Teixeira. Na concepção de Darcy Ribeiro, os CIEPs atendiam aos três requisitos essenciais de uma escola popular eficaz. O primeiro refere-se ao espaço para a convivência e às múltiplas atividades sociais durante todo o período da escolaridade, tanto para as crianças como para os professores. O segundo diz respeito à ampliação da jornada escolar dos alunos. Essa disponibilidade de tempo possibilitava a realização de várias atividades educativas, como as horas de Estudo Dirigido, a frequência à biblioteca e à videoteca, o trabalho nos laboratórios, a educação física e a recreação. Por fim, o terceiro requisito trata da capacitação do magistério, pois só através do professor e de seu preparo adequado, a escola alcança com todos os seus alunos o domínio essencial dos instrumentos de comunicação social e cultural. |
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Flashes de viagem Assista ao vídeo: CIEP: a Escola que o Brasil precisa (9 minutos) Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=lihRzusZ7Wo |
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Ultrapassando fronteiras Veja no texto: CIEPs e GPs Balanço crítico de uma Experiência Educacional, o que Darci Ribeiro fala da experiência dos CIEPs no Rio de Janeiro. Faça o download aqui. Disponível também em: http://www.fundar.org.br/darcy_educa_ciep-gp_balancritico.htm |
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Ultrapassando fronteiras
Outra possibilidade de entendimento dos jovens é por meio de discussões centradas nos indivíduos com ideais altamente instrumentais e que agiriam com referência a um egoísmo pessoal, com uma racionalidade universal e própria da lógica de consumo capitalista. Nesse conjunto de ideias, “ser jovem” é momento de consumismo, comportamentos hedonistas, exóticos, de liberdade e de divertimento. Já quando setores juvenis passam a problematizar o processo de transmissão das normas sociais, há um novo interesse pelo entendimento dos jovens. Grupos contestadores ou classificados como “excêntricos” buscam formas de participar e contrapor valores socialmente hegemônicos. Nos links que seguem temos um breve texto “A juventude no Brasil” (PDF), de Juarez Dayrell e Nilma Gomes em que os autores tencionam algumas imagens sobre a juventude e sinalizam a necessidade de que as escolas construam com seus alunos e alunas - adolescentes e jovens - compreensões sobre suas vivências e demandas. Na mesma direção, o vídeo “Adolescência” reflete e problematiza imagens em torno dessa fase da vida. |
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