Experiências de gestão compartilhada na Educação Integral
Há, no Brasil, várias experiências que usam da gestão compartilhada na extensão da jornada educativa de alunos e de alunas do Ensino Fundamental, numa perspectiva de educação integral. São experiências em que a comunidade em geral e, mais especificamente, a do entorno da escola é convidada a participar ativamente no processo educativo dos estudantes.
Seguindo trilhas Duas das propostas mais conhecidas são as das cidades de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, e de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em Nova Iguaçu, a experiência começou em 2006 e se denomina “Bairro-Escola”. Tem como preocupação ofertar aos alunos, no contraturno, uma experiência educacional rica em que se associasse reforço escolar à oficinas de esporte, teatro, dança, cinema, artes plásticas, música e informática. As secretarias municipais de Cultura, Esportes, Desenvolvimento Econômico e Educação ficam responsáveis, pelas oficinas culturais, esportivas, de informática e de aprendizagem, respectivamente. Quem conduz as atividades são os educadores, estudantes do Ensino Médio ou Superior e alunos das escolas de Formação de Professores (magistério), que recebem bolsa da prefeitura. Entram no circuito ainda jovens bolsistas de programas do governo federal, como Agente Jovem e Segundo Tempo, entre outros. Além de voluntários do território articulado pelo “Bairro-Escola”. Já em Belo Horizonte, a proposta se chama “Escola Integrada” e também se iniciou em 2006. O programa amplia a jornada educativa do Ensino Fundamental para nove horas, com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade da educação. Antes ou depois das aulas regulares, os estudantes participam de uma série de atividades, que incluem acompanhamento pedagógico e oficinas nas áreas de formação pessoal e social, esporte, arte, cultura e lazer. Todas as atividades acontecem nos espaços próximos à escola, parques, museus, igrejas e bibliotecas, transformados em locais de aprendizagem. Os atores, por sua vez, são muitos. A “Escola Integrada” funciona através de parceria entre o poder público, as escolas, a comunidade e 10 instituições de ensino superior. Essas duas propostas de extensão de jornada incorporam os eixos apontados de gestão compartilhada, intersetorialidade e território. Para além das especificidades de cada proposta, há alguns pontos em comum que devem ser acentuados:
Esse conjunto de fatores permite abrir os muros da escola à realidade local, incorporar outros atores sociais como educadores, mudar a relação da escola com seu entorno, ampliar os tempos e com os espaços de vivência educativa; ressignificar os conhecimentos e as habilidades escolares ao incorporar novas dinâmicas educativas. |
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Flashes de viagem Assistam aos vídeos das duas experiências abaixo e perceba como cada experiência incorpora os aspectos apontados: Escola integrada de Belo Horizonte: Bairro-Escola de Nova Iguaçu: |
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Ultrapassando fronteiras No vídeo abaixo, professores do TEIA debatem os temas Gestão e Intersetorialidade, as possíveis relações entre escola, comunidade e outras organizações em processos de gestão. Rodas de Conversa: Normatização, Gestão e Intersetorialidade |
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Ultrapassando fronteiras O texto Bairro-Escola traz referências, passo a passo, para que uma escola desenvolva experiências de expansão da jornada, utilizando-se para tanto de processos educativos presentes em seu entorno. O texto busca elucidar conceitos e concepções de educação integral para que se consolidem estratégias de parcerias entre diferentes atores sociais para a educação integral. E privilegia-se a criação de trilhas educativas entre a escola e seus diversos equipamentos educativos. É um texto elaborado pela Associação Cidade Escola Aprendiz em parceria com o Ministério da Educação, UNICEF e Prefeituras de Belo Horizonte e Nova Iguaçu. Leia o texto. Há elementos muito interessantes que nos ajudam a organizar uma educação integral. Também disponível no site: http://www.unicef.org/brazil/pt/bairro_escola.pdf |
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